domingo, 10 de abril de 2011

5 anos depois.

Assaltante Seco tem pena aumentada para 46 anos por morte de policial militar.


A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul aumentou a pena de José Carlos dos Santos, o Seco. A condenação passou de 41 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado, e multa, para 46 anos de reclusão. Também foi aumentada a pena aplicada ao comparsa Carlos Eduardo Fernandes Moreira, o Gordo, de 38 anos e 4 meses de reclusão para 42 anos e 4 meses de reclusão, mantidos os regimes fechados e aumentada as multas.

Os crimes que deram origem às condenações são o ataque ao depósito de dinheiro da empresa de transporte de valores Proforte, de Santa Cruz do Sul, em abril de 2006. O capitão da Brigada Militar André Sebastião Santos dos Santos foi morto durante a fuga dos assaltantes com um tiro de fuzil, quando houve intensa resistência à intervenção policial. A policial militar Gheísa Marques foi ferida na ocasião.

Antes do assalto à Proforte, os criminosos roubaram um caminhão guincho da Santa Cruz Rodovias. Com ele, investiram contra a parede da empresa de transporte de valores, conseguindo retirar do local R$ 3,9 milhões. Após o tiroteio com a Brigada Militar, fugiram em outros carros que haviam roubado. Toda a operação foi filmada pelo circuito interno de câmeras da empresa. As imagens serviram para vincular os assaltantes, parados em barreira na BR-386, na altura do Município de Paverama, após intenso tiroteio em que Seco e o Gordo foram feridos.

O relator do caso, desembargador Gaspar Marques Batista, salientou que as roupas que usavam ainda eram as mesmas do dia dos crimes. Diferente da definição judicial em 1º Grau, o relator da 4ª Câmara Criminal entendeu que houve adulteração de sinal identificador de veículo, já que os envolvidos mudaram a placa de um automóvel para impedir a identificação. Com isso, às penas de Seco e Gordo foram somados mais 4 anos e 6 meses; e 4 anos de reclusão.

O desembargador Gaspar desconsiderou as interceptações telefônicas realizadas pela Polícia por não constarem no processo a transcrição integral e as gravações.

Reportagem publicada dia 29/03/2011, no jornal Zero Hora.

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